sábado, 19 de março de 2011

Prêmio Schock de Lógica e Filosofia

Todo mundo sabe que a Real Academia Sueca de Ciências concede o Prêmio Nobel todos os anos para cientistas, escritores e pacifistas notáveis de diferentes nacionalidades, mas o que não é tão conhecido é que, desde 1993, a mesma Academia concede também o Prêmio Schock de Lógica e Filosofia. O prêmio começou sendo concedido de dois em dois anos e desde 2008 se tornou trienal. Seu valor pecuniário não se compara ao do Nobel, contudo, a honra de recebê-lo é quase tão grande quanto a de ser laureado com o prêmio mais famoso.
O premiado deste ano foi o filósofo americano Hilary Putnam. Na página oficial do Prêmio (http://www.rolfschockprizes.se/engelskasidor/home.1_en.html), lê-se que ele foi escolhido "por sua contribuição para a compreensão da semântica de termos teoréticos e de 'espécies naturais' e das implicações dessa semântica para a filosofia da linguagem, a teoria do conhecimento, a filosofia da ciência e a metafísica". O premiado de 2008, foi Thomas Nagel, autor dos textos que estudamos nas primeiras quatro semanas do E Pluribus Unum neste ano. A lista completa dos vencedores do Prêmio Schock de Lógica e Filosofia é esta:

Ano
Nome
          País
1993
Willard V. Quine
 Estados Unidos
1995
Michael Dummett
 Reino Unido
1997
Dana S. Scott
 Estados Unidos
1999
John Rawls
 Estados Unidos
2001
Saul A. Kripke
 Estados Unidos
2003
Solomon Feferman
 Estados Unidos
2005
Jaakko Hintikka
 Finlândia
2008
Thomas Nagel
 IugosláviaEstados Unidos
2011
Hilary Putnam
 Estados Unidos


Quem será o premiado de 2014? Aposto no Searle. Acho que o comitê do prêmio Schock (que aliás é composto por filósofos e lógicos proeminentes de todo o mundo, entre eles o professor Ruy Guerra de Queiroz, lógico da Federal de Pernambuco) deve priorizar filósofos e lógicos que têm mais tempo de estrada e que de fato são estrelas de primeira grandeza da filosofia contemporânea. Seria uma grande injustiça se o Searle morresse sem esse prêmio. O David Chalmers que também teria o meu voto, mas é mais jovem, pode esperar um pouco.

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